O Blog “Falando de Copa”, como o próprio nome já acusa, é para falar sobre Copa do Mundo. Não ficará em completo stand by durante os próximos 4 anos, até 2014 sempre que houver algum assunto relacionado a Copa do Mundo que eu queira escrever bobagens a respeito vou acioná-lo. Mas para não ficar somente na expectativa de Copa do Mundo e afins para manifestar minha opinião “Entre umas e outras” entra em ação para que eu possa comentar a respeito de assuntos diversos e não ficar sem escrever bobagem.

domingo, 11 de julho de 2010

Tem uma cobra na minha bota!!!!


Quando lançado em 1995 “Toy Story – Um Mundo de Aventuras” se tornou um divisor de águas na história do cinema, provocou uma revolução no jeito de fazer animação contando uma história simplesmente fantástica.
A revolução na tecnologia se deu por conta do estúdio Pixar, a animação em computação gráfica no lugar das técnicas clássicas de animação. E a revolução se deu como e com quem deveria, a Diney, a pioneira e a mestre suprema em criar histórias e personagens animados que conquistem corações de várias gerações e públicos. Puxando o papo um pouquinho mais para lado do administrador aqui, a Disney fez um movimento brusco que determinou não apenas sua sobrevivência, mas também a manutenção de sua soberania. Ao topar deixar de lado o seu estilo clássico de fazer filmes a Disney revolucionou o mercado criado por ela própria ao dar uma nova roupagem aos filmes de animação, e ainda de quebra deu vida a uma das parcerias mais bem sucedidas da história do cinema, a Disney/Pixar.
Voltando a falar de filme, histórias incríveis e personagens marcantes e bem elaborados são marcas registradas de filmes da Disney, mas em Toy Story a coisa ganha proporções fora de órbita, é realmente muito bom. Cada personagem, assim como o enredo, é tão elaborado a ponto de realmente colocar “um mundo de aventuras” dentro de um quarto de criança.
Por vezes fui ao cinema e saí da sala me perguntado como é que fui gastar dinheiro para ver aquele filme, atores ruins, histórias horríveis. Em momentos como esse preciso de algo que me lembre porque gosto tanto de cinema, e na noite de ontem eu ganhei um belo trunfo. Toy Story 3 é o tipo do filme que me faz lembrar porque sou apaixonado por cinema, e que combinação de humor, emoção, suspense e até ação.
Mais uma vez capricharam na dose na hora de elaborar os novos personagens, apenas para citar um exemplo, o Nenê careca, fazendo o papel de brutamontes, como um “leão de chácara” de boate ou “segurança” de gangster. As tiradas e o enredo podem ter ficado mais adultos aos olhos e ouvidos de alguns, talvez porque o próprio Andy (o dono dos brinquedos) tenha se tornado adulto, assim como aquelas crianças de 1995 que agora estão 15 anos mais velhas, ou até para conquistar de bate pronto as crianças de hoje que já não são tão ingênuas como as dos meados dos anos 90.
Virou marca registrada dos filmes da parceria Disney/Pixar, transmitir uma mensagem importante ao público, e até nesse aspecto Toy Story se sobressai com a sua mensagem de valor a amizade. A amizade de Woody pelo seu dono Andy, e mais tarde por Buzz, e de todos os brinquedos entre si. Essa amizade não só fica clara, mas também mostra toda sua força em um dos momentos mais tocantes do filme (não vou contar neh..., mas ao assistir você com certeza saberá de qual momento estou falando).
O amigo que resulta dessa relação de amizade não é aquele “amigo” de página do orkut, mas alguém com quem você realmente se importa, a ponto de colocar o bem estar dele acima do seu. E se precisar dar ao seu filho um modelo, o Xerife Woody é o tal. Mais uma vez se mostra agarrado de maneira crente a sua causa, não por pura teimosia, mas pelo amor incondicional pelo seu dono. Mesmo tendo apresentado momentos de duvida ao longo da trilogia, Woody sempre colocou o bem estar de Andy a cima do seu próprio, e da mesma forma sempre se preocupou com cada brinquedo no quarto no qual vivia.
Woody sempre pregou que o que importava era fazer uma criança feliz e se manteve fiel a isso, e dentro dessa filosofia se manteve fiel a sua criança, mesmo ela não sendo mais uma criança. Pregou isso o tempo inteiro, mesmo perdendo alguns amigos pelo caminho, mesmo perdendo a sua Betty, Woody manteve-se fiel e crente a sua causa. Em todos os seus planos Woody sempre se preocupou para que todos se saíssem bem.
Em resumo, em Toy Story 3 o temor já apresentado pelos brinquedos nos outros filmes se torna mais real do que nunca, Andy vai para faculdade e já não brinca com seus brinquedos que passam anos carentes por aquele toque mágico de seu dono. Entre aventuras e desventuras, com a ajuda do destino, Woody consegue encontrar um novo lar para ele e toda a sua turma. Ao final de tudo Andy dá aos seus brinquedos o devido reconhecimento pelos momentos que passou com eles. E para dar continuidade a aventura de seus “amigos” Andy encontra uma coisa rara nos dias de hoje, uma criança como ele era, capaz de colocar num mesmo faz-de-conta um astronauta e um cowboy. Andy dá a essa criança uma missão importante, mas não sem antes embarcar com ela em uma ultima fantasia para alegria de seus brinquedos, e é nesse momento que o “adulto” assistindo ao filme volta àquela cadeira de cinema em 1995, é sensacional. Andy passa de fase, Woody, Buzz e cia recomeçam sua aventura.
Se você somar a toda essa magia o fato de que na versão original Woody e Buzz são dublados por dois dos atores mais carismáticos e versáteis da história do cinema, Tom Hanks (o cowboy) e Tim Allen (o astronauta), chegará a conclusão de que na verdade o lançamento de “Toy Story – Um Mundo de Aventuras” em 1995 foi na verdade um ato de extrema covardia por parte da parceria Disney/Pixar, pois a história escolhida para lançar a era da computação gráfica na animação foi logo a melhor de todas. Afinal depois de apreciar cuidadosamente cada detalhe do enredo de Toy Story, e difícil se satisfazer com alguma outra coisa. E desde de 1995, melhor que Toy Story apenas Toy Story.

Um comentário:

  1. Primeiro parabéns pela iniciativa de inaugurar um novo blog, afinal todos nós merecemos ser brindados com o seu talento pra escrever não somente há cada 4 anos né...
    E não teria postagem melhor do que resenhar uma animação a que você assistiu, principalmente Toy Story. Fiquei muito emocionada com o que você escreveu, e mais ansiosa ainda para ir ao cinema assistir, pois assim como Andy eu cresci também. Assisti o primeiro Toy Story no cinema, e quando eu tinha 9 anos, hoje tenho 24. Então não tenho dúvidas de que essa animação está reservando muitas emoções para mim, por isso já irei com os lencinhos dentro da bolsa. rs Ao assistir mais um Disney-Pixar ano passado, Up-Altas Aventuras, meus olhos ficaram úmidos, e me lembrei "da parte que o pai do Simba morre" rs no Rei Leão. Também tive o privilégio de vê-lo no cinema, um pouco mais nova do que na época do primeiro Toy Story. Joguei até o video-game de ambos no meu amado Super Nintendo. rs
    Por isso eu sempre digo... Obrigada Disney, por ter feito e continuar fazendo minha vida mais feliz. ;)

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